quarta-feira, 2 de abril de 2008
Sistemas reprodutores
O Sistema Reprodutor Feminino é formado pela vagina, útero e anexos. A vagina é o órgão feminino responsável pela cópula e prazer, possuindo parede elástica e lubrificada. Em sua porção mais interna o canal vaginal termina no útero, na parte que fica em íntimo contato com a vagina e é conhecida como colo do útero. Este colo uterino possui um pequeno orifício por onde os espermatozóides entram durante o ato sexual, atingindo o endométrio. O ciclo menstrual se inicia geralmente todo mês (a cada 28 dias) e dura de 3 a 8 dias. Aproximadamente no meio do ciclo o endométrio está preparado para receber o espermatozóide e aderir o embrião a sua parede. O útero é uma câmara muscular, muito distensível e vascularizada que apresenta em sua porção superior duas trompas que formam caminhos até os ovários. Os ovários são os órgãos responsáveis pela guarda e maturação dos óvulos, e também pela produção de hormônas responsáveis pela feminilização e preparo para a gravidez.
Constituição do sistema reprodutor feminino
O sistema reprodutor feminino é constituido por quatro gónodas - os óvarios - , pelas vias genitais - as tubas uterinas, o útero e a vagina - e pelo órgão sexual externo - a vulva.
Gónadas
Os ovários são dois orgãos cuja função é produzir os gâmetas femininos - ovócitos II - e os hormônios sexuais - estrogénos e progesterona. Têm forma e o tamanho de uma pequena amêndoa e estão situados no abdómen. Cada óvario está envolvido por uma parede e no seu interior distinguem-se a zona medular, mais interna e profundamente irrigada por muitos vasos sanguíneos, e a zona cortical, mais exterior e com diversos tipos de formações esféricas - os folículos. A partir da puberdade esta região apresenta grandes alterações: os vários folículos entram em diferentes fases de desenvolvimento, o que lhes confere diferentes aspectos, e surgem formações globosas amarelas - corpos amarelos, denominados corpo lúteo.
Vias genitais
São canais por onde os gâmetas se deslocam e que, caso exista fecundação, o ovo ou zigoto percorre até se implantar no útero. As trompas de Falópio têm cerca de 10 cm de comprimento e envolvem o ovário através de uma das extremidades, mais larga e com inúmeras franjas - o pavilhão da trompa.
A outra extremidade abre-se no útero. Este é um órgão musculoso coberto por uma mucosa - o endométrio. O útero comunica através de uma abertura estreita - colo do útero - com a vagina, uma conduta larga que comunica com o exterior.
Orgão sexual externo
A vulva é o orgão que permite: - o acto sexual; - em caso de gravidez, a saída do bebé durante o parto.
Gâmetas femininos
As células sexuais femininas são os ovócitos, que possuem uma forma esférica e são maiores que os espermatozóides, tendo cerca de 0,1 mm de diâmetro. As células dos folículos que os envolvem dão-lhe um aspecto radiado característico quando saem do óvario. Possuem informação das características da mãe, que transmitem para o novo ser.
Menstruação
A Menstruação é o fenómeno fisiológico do período fértil da mulher, que ocorre caso não se dê a fecundação do ovócito II, permitindo a eliminação periódica através da vagina da caduca do endométrio uterino (ou mucosa uterina). Neste processo dá-se o rompimento de alguns vasos sanguíneos o que leva a que ocorra também uma “pequena” hemorragia (fluxo sangüíneo). Portanto e ao contrário do que muitas vezes erradamente se diz, o resultado da menstruação não é a eliminação de sangue pela vagina, mas sim de uma combinação deste com restos do endométrio (que é o que se pretende eliminar para que ocorra a produção de um novo), o que origina o Fluxo Menstrual. Em caso de não existir nenhuma laqueação das trompas (ou qualquer outra obstrução das mesmas) é eliminado também no fluxo menstrual o ovócito II que não foi fecundado.
Em condições normais e não havendo nada que impeça os ciclos femininos, este fenómeno ocorre em média de 28 em 28 dias e tem uma duração de entre 3 a 5 dias.
A Menarca (primeira menstruação) geralmente acontece por volta dos doze anos de idade, mas pode variar entre os oito e dezesseis anos.
Ciclo Menstrual
O ciclo menstrual inicia-se no primeiro dia da menstruação, na sua primeira fase ocorre uma produção exclusiva de estrogênio pelo ovário e, logo após a ovulação, tem início a fase de produção de progesterona, conhecida também como fase lútea. Esta fase do ciclo é fixa e a ovulação ocorre cerca de 14 dias antes do início da próxima menstruação.
O tempo de sobrevida do óvulo dentro das trompas, após a ovulação, não é bem definido, mas parece estar entre 12 e 24 horas. Já os espermatozóides parecem ter uma sobrevida maior, variando de 24 até 96 horas. Por isso os dias férteis começam antes mesmo da ovulação.
Formação do bebé
Todo mês, no início de um ciclo menstrual normal, os ovários são estimulados, havendo crescimento folicular (estruturas funcionais encontradas no interior dos ovários), até que, normalmente, um folículo torna-se dominante em relação aos demais e rompe-se do corpo do ovário, liberando o oócito secundário (também chamado de óvulo). Este processo que é chamado de ovulação, e ocorre, em média, 14 dias antes da menstruação seguinte (considerando mulheres com ciclos regulares de 28 dias).
O óvulo é capturado pelas fímbrias (porção das Trompas de Falópio mais próximas aos ovários) indo para o interior da trompa, onde é transportado em direção ao útero através dos movimentos da trompa e de estruturas ciliares, estes movimentos das trompas são chamados de movimentos peristálticos.
fecundação (fertilização ou concepção) é definida como a fusão ou encontro dos gametas feminino (óvulo) e masculino (espermatozóide), com a constituição de uma nova célula, o ovo ou zigoto, que carrega características da mãe (ovúlo) e do pai (espermatozóide). A composição genética (características que fazem um indivíduo diferente de qualquer outro no mundo) é determinada no momento da fecundação. O período de crescimento e desenvolvimento do ser humano dentro do útero chama-se de gestação.
Quando a fecundação não ocorre, o óvulo (não fecundado), já no interior do útero, degenera e é fagocitado (absorvido).
Durante a relação sexual, no momento da ejaculação masculina, o sêmen que contém cerca de 200 a 600 milhões de espermatozóides é depositado no interior da vagina. Os espermatozóides penetram no útero através do colo uterino, passando pelo canal cervical, atravessando a cavidade uterina, chegando às trompas. Apenas um único espermatozóide penetra no óvulo que foi liberado pelo ovário.
O lugar usual da fecundação é dentro da trompa, na porção chamada de ampola.
O ovo (ou zigoto) divide-se rapidamente produzindo novas células, enquanto passa pela trompa em direção ao útero.
No final da primeira semana, está formada uma pequena massa de células que se adere superficialmente à parede do útero (implantação ou nidação).
O processo de nidação inicia-se no final da primeira semana e se completa ao término da segunda semana após a fecundação. Neste momento, dentro da massa de células (chamada de blastocisto) que está se formando, já se pode diferenciar um grupo de células que constituem o disco embrionário, onde está se formando o embrião. Embrião é uma palavra grega que significa inchar-se.
Nesta fase, já está se formando também a cavidade amniótica (que será a bolsa amniótica ou bolsa das águas) e a vesícula vitelina, responsável pela alimentação do embrião até que a placenta esteja pronta para assumir essa função.
A terceira semana após a fecundação é um período de rápido desenvolvimento, e coincide com a época em que a paciente nota o atraso menstrual (primeira semana de amenorréia – falta da menstruação). A parada do sangramento menstrual é o primeiro sinal da gestação, embora possam ocorrer neste período pequenos sangramentos decorrentes do processo de nidação (implantação). Durante a terceira semana há o desenvolvimento das estruturas que irão originar a placenta, e no final desta semana se forma o coração primitivo do embrião. No início da quarta semana todos os arranjos necessários para as trocas entrem a mãe e o feto já estão em andamento (a placenta será considerada definitivamente formada a partir do começo do 5º mês).
Entre a 4ª e a 8ª semanas após a concepção, são formados os principais órgãos e sistemas do embrião, e à medida que essas estruturas se desenvolvem elas afetam a imagem do embrião, que vai adquirindo figura humana.
A fase embrionária do desenvolvimento tem a duração aproximada da primeira semana após a fecundação até a oitava semana . A fase embrionária é uma fase crítica para o bebê, já que a maior parte dos sistemas internos e externos, órgãos e partes do corpo estão se formando. TUDO o que a mãe ingere passa para o bebê através da placenta. Álcool, drogas e tabaco são extremamente prejudiciais para o desenvolvimento do bebê.
Em torno da 8ª semana de vida do embrião, este passa a ser chamado de feto, que em latim significa "tenro". Tendo uma forma humana que pode ser reconhecida. Inicia-se, então, o período fetal.
Da 8ª a 12ª semana após a fecundação há uma diminuição relativa do crescimento da cabeça em relação ao corpo. A genitália externa ainda aparece pouco clara (indeterminada) até o final da 9ª semana e sua forma madura só se estabelece na 12ª semana após o dia da fecundação
O feto com 12 semanas é muito ativo, porém ainda muito pequeno para que a mãe sinta seus movimentos.
Entre 13 e 16 semanas o crescimento é muito rápido, especialmente do corpo.
Entre 16 e 20 semanas do desenvolvimento fetal a mãe começa a sentir os movimentos do seu bebê.
A partir de 21 semanas inicia-se a fase de crescimento e fortalecimento fetal.
Em torno de 22 semanas de vida fetal, embora todos os órgãos fetais estejam formados, o bebê é incapaz de sobrevivência extra-uterina, principalmente devido à imaturidade do sistema respiratório.
O tecido adiposo se desenvolve rapidamente nas 6 a 8 últimas semanas de gestação, fase em que o peso fetal e a barriga materna crescem mais notadamente.
As gestações são consideradas “a termo” quando o seu bebê já está pronto para o nascimento. As gestações a termo são aquelas compreendidas entre 37 semanas completas, contadas a partir da data da última menstruação da gestante, a menos de 42 semanas completas (259 a 293 dias completos) (OMS, FIGO, 1976).
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
O sistema reprodutor masculino é formado por:
· Testículos ou gôndolas
· Vias espermáticas: epidídimo, canal deferente, uretra.
· Pênis
· Escroto
· Glândulas anexas: próstata, vesículas seminais, glândulas bulbouretrais.
Testículos: são as gônadas masculinas. Cada testículo é composto por um emaranhado de tubos, os ductos seminíferos Esses ductos são formados pelas células de Sértoli (ou de sustento) e pelo epitélio germinativo, onde ocorrerá a formação dos espermatozóides. Em meio aos ductos seminíferos, as células intersticiais ou de Leydig (nomenclatura antiga) produzem os hormônios sexuais masculinos, sobretudo a testosterona, responsáveis pelo desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos e dos caracteres sexuais secundários:
Estimulam os folículos pilosos para que façam crescer a barba masculina e o pêlo pubiano.
Estimulam o crescimento das glândulas sebáceas e a elaboração do sebo.
Produzem o aumento de massa muscular nas crianças durante a puberdade, pelo aumento do tamanho das fibras musculares.
Ampliam a laringe e tornam mais grave a voz.
Fazem com que o desenvolvimento da massa óssea seja maior, protegendo contra a osteoporose.
Epidídimos: são dois tubos enovelados que partem dos testículos, onde os espermatozóides são armazenados.
Canais deferentes: são dois tubos que partem dos testículos, circundam a bexiga urinária e unem-se ao ducto ejaculatório, onde desembocam as vesículas seminais.
Vesículas seminais: responsáveis pela produção de um líquido, que será liberado no ducto ejaculatório que, juntamente com o líquido prostático e espermatozóides, entrarão na composição do sêmen. O líquido das vesículas seminais age como fonte de energia para os espermatozóides e é constituído principalmente por frutose, apesar de conter fosfatos, nitrogênio não protéico, cloretos, colina (álcool de cadeia aberta considerado como integrante do complexo vitamínico B) e prostaglandinas (hormônios produzidos em numerosos tecidos do corpo. Algumas prostaglandinas atuam na contração da musculatura lisa do útero na dismenorréia – cólica menstrual, e no orgasmo; outras atuam promovendo vasodilatação em artérias do cérebro, o que talvez justifique as cefaléias – dores de cabeça – da enxaqueca. São formados a partir de ácidos graxos insaturados e podem ter a sua síntese interrompida por analgésicos e antiinflamatórios).
Próstata: glândula localizada abaixo da bexiga urinária. Secreta substâncias alcalinas que neutralizam a acidez da urina e ativa os espermatozóides.
Glândulas Bulbo Uretrais ou de Cowper: sua secreção transparente é lançada dentro da uretra para limpá-la e preparar a passagem dos espermatozóides. Também tem função na lubrificação do pênis durante o ato sexual.
Pênis: é considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino, sendo formado por dois tipos de tecidos cilíndricos: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso (envolve e protege a uretra). Na extremidade do pênis encontra-se a glande - cabeça do pênis, onde podemos visualizar a abertura da uretra. Com a manipulação da pele que a envolve - o prepúcio - acompanhado de estímulo erótico, ocorre a inundação dos corpos cavernosos e esponjoso, com sangue, tornando-se rijo, com considerável aumento do tamanho (ereção). O prepúcio deve ser puxado e higienizado a fim de se retirar dele o esmegma (uma secreção sebácea espessa e esbranquiçada, com forte odor, que consiste principalmente em células epiteliais descamadas que se acumulam debaixo do prepúcio). Quando a glande não consegue ser exposta devido ao estreitamento do prepúcio, diz-se que a pessoa tem fibrose.
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A uretra é comumente um canal destinado para a urina, mas os músculos na entrada da bexiga se contraem durante a ereção para que nenhuma urina entre no sêmen e nenhum sêmen entre na bexiga. Todos os espermatozóides não ejaculados são reabsorvidos pelo corpo dentro de algum tempo.
Saco Escrotal ou Bolsa Escrotal ou Escroto: Um espermatozóide leva cerca de 70 dias para ser produzido. Eles não podem se desenvolver adequadamente na temperatura normal do corpo (36,5°C). Assim, os testículos se localizam na parte externa do corpo, dentro da bolsa escrotal, que tem a função de termorregulação (aproximam ou afastam os testículos do corpo), mantendo-os a uma temperatura geralmente em torno de 1 a 3 °C abaixo da corporal.
Os testículos, também chamados de gôndolas, são glândulas sexuais masculinas. Eles estão localizados atrás do punias em uma bolsa de pele chamada bolsa escrotal. Os testículos produzem espermatozóides e testosterona. Essas glândulas são localizadas fora do corpo por que para que os espermatozóides se desenvolvam, há necessidade que os testículos mantenham uma temperatura alguns graus abaixo da temperatura normal do corpo.
As células germinativas dentro dos túbulos seminíferos (células de Sertoli) produzem espermatozóides. Os espermatozóides atingem o epidídimo quando estão maduros. Eles são estocados lá por algumas semanas até que eventualmente movam-se para o ducto deferente para serem combinados com as secreções da próstata e vesículas seminais formando assim o sêmen ou esperma. O processo todo demora aproximadamente 7 semanas.
As células de Leydig distribuídas ao longo do testículo são a fonte principal de produção de testosterona do corpo. Testosterona, o hormônio sexual masculino, é essencial para o desenvolvimento dos órgãos reprodutivos e caracteres sexuais secundários como: pelos no corpo e face, voz grossa, musculatura mais desenvolvida. Sem a quantidade necessária de testosterona, o homem perde o vigor sexual, pode apresentar fraqueza, depressão, fogachos e osteoporose.
Quando falamos sobre câncer testicular, estamos normalmente falando sobre câncer das células germinativas. É possível ter tumores das células de Leydig ou das células de Sertoli, mas esses tumores são incomuns e usualmente não malignos. Também, já que o câncer testicular é associado com as células germinativas, nódulos ou massas na bolsa escrotal ou no epidídimo, mas não no testículo, não podem ser câncer do testículo!
Abuso sexual infantil
ABUSO SEXUAL INFANTIL
Seja qual for o número de abusos sexuais em crianças que se vê nas estatísticas, seja quantos milhares forem, devemos ter em mente que, de fato, esse número pode ser bem maior. A maioria desses casos não é reportada, tendo em vista que as crianças têm medo de dizer a alguém o que se passou com elas. E o dano emocional e psicológico, em longo prazo, decorrente dessas experiências pode ser devastador.
O abuso sexual às crianças pode ocorrer na família, através do pai, do padrasto, do irmão ou outro parente qualquer. Outras vezes ocorre fora de casa, como por exemplo, na casa de um amigo da família, na casa da pessoa que toma conta da criança, na casa do vizinho, de um professor ou mesmo por um desconhecido.
Em tese, define-se Abuso Sexual como qualquer conduta sexual com uma criança levada a cabo por um adulto ou por outra criança mais velha. Isto pode significar, além da penetração vaginal ou anal na criança, também tocar seus genitais ou fazer com que a criança toque os genitais do adulto ou de outra criança mais velha, ou o contacto oral-genital ou, ainda, roçar os genitais do adulto com a criança.
Às vezes ocorrem outros tipos de abuso sexual que chamam menos atenção, como por exemplo, mostrar os genitais de um adulto a um criança, incitar a criança a ver revistas ou filmes pornográficos, ou utilizar a criança para elaborar material pornográfico ou obsceno.
A Criança Abusada
. Devido ao fato da criança muito nova não ser preparada psicologicamente para o estímulo sexual, e mesmo que não possa saber da conotação ética e moral da actividade sexual, quase invariavelmente acaba desenvolvendo problemas emocionais depois da violência sexual, exactamente por não ter habilidade diante desse tipo de estimulação.
A criança de cinco anos ou pouco mais, mesmo conhecendo e apreciando a pessoa que o abusa, se sente profundamente conflituante entre a lealdade para com essa pessoa e a percepção de que essas actividades sexuais estão sendo terrivelmente más. Para aumentar ainda mais esse conflito, pode experimentar profunda sensação de solidão e abandono.
Quando os abusos sexuais ocorrem na família, a criança pode ter muito medo da ira do parente abusador, medo das possibilidades de vingança ou da vergonha dos outros membros da família ou, pior ainda, pode temer que a família se desintegre ao descobrir seu segredo.
A criança que é vítima de abuso sexual prolongado, usualmente desenvolve uma perda violenta da auto-estima, tem a sensação de que não vale nada e adquire uma representação anormal da sexualidade. A criança pode tornar-se muito retraída, perder a confiança em todos adultos e pode até chegar a considerar o suicídio, principalmente quando existe a possibilidade da pessoa que abusa ameaçar de violência se a criança negar-se aos seus desejos.
Algumas crianças abusadas sexualmente podem ter dificuldades para estabelecer relações harmónicas com outras pessoas, podem se transformar em adultos que também abusam de outras crianças, podem se inclinar para a prostituição ou podem ter outros problemas sérios quando adultos comumente as crianças abusadas estão aterrorizadas, confusas e muito temerosas de contar sobre o incidente. Com frequência elas permanecem silenciosas por não desejarem prejudicar o abusador ou provocar uma desagregação familiar ou por receio de serem consideradas culpadas ou castigadas. Crianças maiores podem sentir-se envergonhadas com o incidente, principalmente se o abusador é alguém da família.
Mudanças bruscas no comportamento, apetite ou no sono pode ser um indício de que alguma coisa está acontecendo, principalmente se a criança se mostrar curiosamente isolada, muito perturbada quando deixada só ou quando o abusador estiver perto.
O comportamento das crianças abusadas sexualmente pode incluir:
1.Interesse excessivo ou evitação de natureza sexual;
2.Problemas com o sono ou pesadelos;
3.Depressão ou isolamento de seus amigos e da família;
4.Achar que têm o corpo sujo ou contaminado;
5.Ter medo de que haja algo de mal com seus genitais;
6.Negar-se a ir à escola,
7.Rebeldia e Delinquência;
8.Agressividade excessiva;
9.Comportamento suicida;
10. Terror e medo de algumas pessoas ou alguns lugares;
11. Retirar-se ou não querer participar de exportes;
12. Respostas ilógicas (para-respostas) quando perguntamos sobre alguma ferida em seus genitais;
13. Temor irracional diante do exame físico;
14. Mudanças súbitas de conduta.
Algumas vezes, entretanto, crianças ou adolescentes portadores de Transtorno de Conduta severo fantasiam e criam falsas informações em relação ao abuso sexual.
Quem é o Agressor Sexual
Mais comumente quem abusa sexualmente de crianças são pessoas que a criança conhece e que, de alguma forma, podem controla-la. De cada 10 casos registrados, em 8 o abusador é conhecido da vítima. Esta pessoa, em geral, é alguma figura de quem a criança gosta e em quem confia. Por isso, quase sempre acaba convencendo a criança a participar desses tipos de actos por meio de persuasão, recompensas ou ameaças.
Mas, quando o perigo não está dentro de casa, nem na casa do amiguinho, ele pode rondar a creche, o transporte escolar, as aulas de natação do clube, o consultório do pediatra de confiança e, quase impossível acreditar, pode estar nas aulas de catecismos da paróquia. Portanto, o mais sensato será acreditar que não há lugar absolutamente seguro contra o abuso sexual infantil.
Segundo a Dra. Miriam Tetelbom, o incesto pode ocorrer em até 10% das famílias. Os adultos conhecidos e familiares próximos, como por exemplo o pai, padrasto ou irmão mais velho são os agressores sexuais mais frequentes e mais desafiadores. Embora a maioria dos abusadores seja do sexo masculino, as mulheres também abusam sexualmente de crianças e adolescentes.
Esses casos começam lentamente através de sedução subtil, passando a prática de "carinhos" que raramente deixam lesões físicas. É nesse ponto que a criança se pergunta como alguém em quem ela confia, de quem ela gosta, que cuida e se preocupa com ela, pode ter atitudes tão desagradáveis.
A Família da Criança Abusada Sexualmente
A primeira reacção da família diante da notícia de abuso sexual pode ser de incredulidade. Como pode ser comum crianças inventarem histórias, de fato elas podem informar relações sexuais imaginárias com adultos, mas isso não é a regra. De modo geral, mesmo que o suposto abusador seja alguém em quem se vinha confiando, em tese a denúncia da criança deve ser considerada.
Em geral, aqueles que abusam sexualmente de crianças podem fazer com que suas vítimas fiquem extremamente amedrontadas de revelar suas acções, incutindo nelas uma série de pensamentos torturantes, tais como a culpa, o medo de ser recriminada, de ser punida, etc. Por isso, se a criança diz ter sido molestada sexualmente, os pais devem fazê-la sentir que o que passou não foi sua culpa, devem buscar ajuda médica e levar a criança para um exame com o psiquiatra.
Os psiquiatras da infância e adolescência podem ajudar crianças abusadas a recuperar sua auto-estima, a lidar melhor com seus eventuais sentimentos de culpa sobre o abuso e a começar o processo de superação do trauma. O abuso sexual em crianças é um fato real em nossa sociedade e é mais comum do que muita gente pensa. Alguns trabalhos afirmam que pelo menos uma a cada cinco mulheres adultas e um a cada 10 homens adultos se lembra de abusos sexuais durante a infância.
O tratamento adequado pode reduzir o risco da criança desenvolver sérios problemas no futuro, mas a prevenção ainda continua sendo a melhor atitude. Algumas medidas preventivas que os pais podem tomar, fazendo com que essas regras de conduta soem tão naturais quanto as orientações para atravessar uma rua, afastar-se de animais ferozes, evitar acidentes, etc. Se considerar que a criança ainda não tem idade para compreender com adequação a questão sexual, simplesmente explique que algumas pessoas podem tentar tocar as partes íntimas (apelidadas carinhosamente de acordo com cada família), de forma que se sintam incomodadas.
1.Dizer às crianças que "se alguém tentar tocar-lhes o corpo e fazer coisas que a façam sentir desconfortável, afaste-se da pessoa e conte em seguida o que aconteceu."
2.Ensinar às crianças que o respeito aos maiores não quer dizer que têm que obedecer cegamente aos adultos e às figuras de autoridade. Por exemplo, dizer que não têm que fazer tudo o que os professores, médicos ou outros cuidadores mandarem fazer, enfatizando a rejeição daquilo que não as façam sentir-se bem.
3.Ensinar a criança a não aceitar dinheiro ou favores de estranhos.
4.Advertir as crianças para nunca aceitarem convites de quem não conhecem.
5.A atenta supervisão da criança é a melhor proteção contra o abuso sexual pois, muito possivelmente, ela não separa as situações de perigo à sua segurança sexual.
6.Na grande maioria dos casos os agressores são pessoas conhecem bem a criança e a família, podem ser pessoas às quais as crianças foram confiadas.
7.Embora seja difícil proteger as crianças do abuso sexual de membros da família ou amigos íntimos, a vigilância das muitas situações potencialmente perigosas é uma atitude fundamental.
8.Estar sempre ciente de onde está a criança e o que está fazendo.
9.Pedir a outros adultos responsáveis que ajudem a vigiar as crianças quando os pais não puderem cuidar disso intensivamente.
10.Se não for possível uma supervisão intensiva de adultos, pedir às crianças que fiquem o maior tempo possível junto de outras crianças, explicando as vantagens do companheirismo.
11.Conhecer os amigos das crianças, especialmente aqueles que são mais velhos que a criança.
12.Ensinar a criança a zelar de sua própria segurança.
13.Orientar sempre as crianças sobre opções do que fazer caso percebam más intenções de pessoas pouco conhecidas ou mesmo íntimas.
14.Orientar sempre as crianças para buscarem ajuda com outro adulto quando se sentirem incomodadas.
15.Explicar as opções de chamar atenção sem se envergonhar, gritar e correr em situações de perigo.
16.Orientar as crianças que elas não devem estar sempre de acordo com iniciativas para manter contacto físico estreito e desconfortável, mesmo que sejam por parte de parentes próximos e amigos.
17.Valorizar positivamente as partes íntimas do corpo da criança, de forma que o contacto nessas partes chame sua atenção para o fato de algo incomum e estranho estar acontecendo.
ABUSO SEXUAL INTRAFAMILIAR
AGRESSOR
No.
%
PAI
77
52
PADRASTO
47
32
TIO
10
8
MÃE
4
4
AVÔ
3
2
PRIMO
2
1
CUNHADO
2
1
TOTAL
145
100
Que fazer
Uma falsa crença é esperar que a criança abusada avise sempre sobre o que está acontecendo. Entretanto, na grande maioria das vezes, as vítimas de abuso são convencidas pelo abusador de que não devem dizer nada a ninguém. A primeira intenção da criança é, de fato, avisar a alguém sobre seu drama mas, em geral, nem sempre ela consegue fazer isso com facilidade, apresentando um discurso confuso e incompleto. Por isso os pais precisam estar conscientes de que as mudanças na conduta, no humor e nas atitudes da criança podem indicar que ela é vítima de abuso sexual.
Muitos pais se sentem totalmente despreparados e pegos de surpresa quando sua criança é abusada, mas sempre devemos ter em mente que as reações emocionais da família serão muito importante na recuperação da criança.
Quando uma criança confia a um adulto que sofreu abuso sexual, o adulto pode sentir-se muito incomodado e não saber o que dizer ou fazer. Vejamos algumas sugestões (American Academy of Child and Adolescent Psychiatry):
1.Incentivar a criança a falar livremente o que se passou, sem externar comentários de juízo.
2.Demonstrar que estamos compreendendo a angústia da criança e levando muito a sério o que esta dizendo. As crianças e adolescentes que encontram quem os escuta com atenção e compreensão, reagem melhor do que aquelas que não encontram esse tipo de apoio.
3.Assegurar à criança que fez muito bem em contar o ocorrido pois, se ela tiver uma relação muito próxima com quem a abusa, normalmente se sentirá culpada por revelar o segredo ou com muito medo de que sua família a castigue por divulgar o fato.
4.Dizer enfaticamente à criança que ela não tem culpa pelo abuso sexual. A maioria das crianças vítimas de abuso pensa que elas foram a causa do ocorrido ou podem imaginar que isso é um castigo por alguma coisa má que tenham feito.
Finalmente, oferecer protecção à criança, e prometer que fará de imediato tudo o que for necessário para que o abuso termine.
No momento em que esse incidente vem à tona, devemos considerar que o bem estar da criança é a prioridade. Se os familiares estão emocionalmente muito perturbados nesse momento, o assunto deve ser interrompido para que as emoções e idéias possam ser mais bem organizadas. Depois disso, deve-se voltar a tratar do assunto com a criança, explicando sempre que as emoções negativas são dirigidas ao agressor e nunca contra a criança.
Não devemos apressar insensivelmente a criança para relatar tudo de uma só vez, principalmente se ela estiver muito emocionada. Mas, por outro lado, devemos encorajá-la a falar com liberdade tudo o que tenha acontecido, escutando-a carinhosamente para que se sinta confiante. Responda a qualquer pergunta que a esteja angustiando e esclareça qualquer mal entendido, enfatizando sempre que é o abusador e não a criança o responsável por tudo.
Se o abusador é um familiar a situação é bastante difícil para a criança e para demais membros da família. Embora possam existir fortes conflitos e sentimentos sobre o abusador, a protecção da criança deve continuar sendo a prioridade. Abaixo, algumas condutas que devem ser pensadas nos casos de violência sexual contra crianças.
1. Informe as autoridades qualquer suspeita séria de abuso sexual.
2.Consultar imediatamente um pediatra ou médico de família para atestar a veracidade da agressão (quando houver sido concretizada). O exame médico pode avaliar as condições físicas e emocionais da criança e indicar um tratamento adequado.
3.A criança abusada sexualmente deve submeter-se a uma avaliação psiquiátrica por ou outro profissional de saúde mental qualificado, para determinar os efeitos emocionais da agressão sexual, bem como avaliar a necessidade de ajuda profissional para superar o trauma do abuso.
4. Ainda que a maior parte das acusações de abuso sejam verdadeiras, pode haver falsas acusações em casos de disputas sobre a custódia infantil ou em outras situações familiares complicadas.
5. Quando a criança tem que testemunhar sobre a identidade de seu agressor, deve-se preferir métodos indirectos e especiais sempre que possível, tais como o uso de vídeo, afastamento de espectadores dispensáveis ou qualquer outra opção de não ter que encarar o acusado.
6.Quando a criança faz uma confidência a alguém sobre abuso sexual, é importante dar-lhe apoio e carinho; este é o primeiro passo para ajudar no restabelecimento de sua autoconfiança, na confiança nos outros adultos e na melhoria de sua auto-estima.
7.Normalmente, devido ao grande incomodo emocional que os pais experimentam quando ficam sabendo do abuso sexual em seus filhos, estes podem pensar, erroneamente, que a raiva é contra eles. Por isso, deve ficar muito claro que a raiva manifestada não é contra a criança abusada.
Sequelas
Felizmente, os danos físicos permanentes como conseqüência do abuso sexual são muito raros. A recuperação emocional dependerá, em grande parte, da resposta familiar ao incidente (Embarazada.Com). As reacções das crianças ao abuso sexual diferem com a idade e com a personalidade de cada uma, bem como com a natureza da agressão sofrida. Um fato curioso é que, algumas (raras) vezes, as crianças não são tão perturbadas por situações que parecem muito sérias para seus pais.
O período de readaptação depois do abuso pode ser difícil para os pais e para a criança. Muitos jovens abusados continuam atemorizados e perturbados por várias semanas, podendo ter dificuldades para comer e dormir, sentindo ansiedade e evitando voltar à escola.
As principais sequelas do abuso sexual são de ordem psíquica, sendo um relevante factor na história da vida emocional de homens e mulheres com problemas conjugais, psicossociais e transtornos psiquiátricos.
Antecedentes de abuso sexual na infância estão fortemente relacionados a comportamento sexual inapropriado para idade e nível de desenvolvimento, quando comparado com a média das crianças e adolescentes da mesma faixa etária e do mesmo meio sócio-cultural sem história de abuso.
Em nível de traços no desenvolvimento da personalidade, o abuso sexual infantil pode estar relacionado a futuros sentimentos de traição, desconfiança, hostilidade e dificuldades nos relacionamentos, sensação de vergonha, culpa e auto-desvalorização, à baixa auto estima à distorção da imagem corporal, Transtorno Borderline de Personalidade e Transtorno de Conduta.
Em nível de traços no desenvolvimento da personalidade, o abuso sexual infantil pode estar relacionado a futuros sentimentos de traição, desconfiança, hostilidade e dificuldades nos relacionamentos, sensação de vergonha, culpa e auto-desvalorização, à baixa auto estima à distorção da imagem corporal, Transtorno Borderline de Personalidade e Transtorno de Conduta.
Noções gerais de sexualidade
O sistema reprodutor feminino possui a forma de uma pera, sendo o órgão genital formado pelo Ovário, as tubas uterinas, o útero, a vagina e os órgãos genitais externos que é formado pelos lábios maior e menor. Os ovários são duas estruturas, uma de cada lado do corpo, situadas dentro da cavidade pélvica. São responsáveis pela produção dos óvulos, após a puberdade. Parte deles produzem os hormônios sexuais femininos, o estremenho e a progesterona, responsáveis pelas características sexuais secundárias da mulher (desenvolvimento dos seios, deposição de gordura sobre as coxas e as nádegas, menstruação, etc.) e pela gestação, respectivamente.
As tubas uterinas , também em número de duas, localizam-se na cavidade pélvica e se ligam ao útero, sendo a via pela qual o óvulo (liberado mensalmente) atinge o útero. Nesse trajecto, pode haver a fecundação e o início de uma nova vida, através da gestação.
O útero é o órgão no qual o óvulo fertilizado se fixa e se desenvolve até o nascimento do bebê. Mede cerca de 8 cm de comprimento, 4 cm de largura na sua parte superior e tem espessura de 2 cm. Durante a gravidez, esse tamanho é aumentado em diversas vezes.
A vagina é o órgão feminino da cópula. É a extremidade inferior do “canal do parto”. Serve também como ducto excretor da menstruação.
Órgão sexual masculino
Os órgãos genitais masculinos compreendem os testículos e os epidídimos (situados no escroto), os ductos deferentes, as vesículas seminais, os ductos ejaculatórios, a próstata, as glândulas bulbouretrais e o pénis. Todos esses órgãos são pares, com exceção da próstata, do escroto e do pénis, que são únicos.
Os testículos são órgãos pares e ovóides. Após a puberdade produzem os espermatozóides e secretam hormônios, que é responsável pelas características sexuais masculinas secundárias (pêlos, voz grave, massa muscular, ejaculação, etc.).
O epidídimo é uma estrutura em forma de C, a qual se prende ao testículo. Sua função é armazenar os espermatozóides.
O ducto deferente é um canal que leva os espermatozóides do epidídimo até o ducto ejaculatório.
As vesículas seminais são duas bolsas em forma de saco que produzem parte do líquido seminal. Têm aproximadamente 5 cm de comprimento.
O ducto ejaculatório é o canal por onde passa o esperma, que contém os espermatozóides e os líquidos das vesículas seminais e da próstata.
A próstata é composta por músculo liso, tecido fibroso e contém glândulas. Sua secreção é responsável pelo odor característico do sémen. Localiza-se atrás da bexiga. Seu tamanho é variável, medindo transversalmente 4 cm, verticalmente 3 cm e tem 2 cm de profundidade.
As glândulas bulbouretrais são duas estruturas de forma arredondada que se encontram na uretra. Secretam uma substância semelhante ao muco, cuja função é limpar o canal da uretra por onde passa também a urina - cujo pH é básico - e neutralizar o pH do canal graças a sua composição ácida (ácido siálico), além de lubrificar o caminho dos SPTZs.
Hormonas
Hormona ou hormônio é uma substância química específica segregada pelo sistema endócrino, que é produzida num órgão ou em determinadas células do mesmo e é libertada e transportada directamente pelo sangue ou por outros fluidos corporais. A sua função é exercer uma acção reguladora (indutora ou inibidora) em outros órgãos ou regiões do corpo. Em geral trabalham devagar e agem por muito tempo, regulando o crescimento, o desenvolvimento, a reprodução e as funções de muitos tecidos, bem como os processos metabólicos do organismo.
Nas mulheres, por volta dos 40 anos de idade, há uma queda brusca na produção de hormonas, que é chamada de menopausa; nos homens, essa queda é chamada de andropausa.
Algumas das hormonas mais conhecidas são as que regulam as funções sexuais dos mamíferos (a testosterona e o estrogênio) e hormonas que regulam o nível de glicose no sangue (como a insulina).
O que são hormonas?
As hormonas são substâncias químicas que o teu corpo produz naturalmente. As hormonas provocam as alterações que sofres no interior e exterior do teu corpo durante a puberdade. Ajudam a controlar o teu crescimento, desenvolvimento no teu sistema reprodutor.
Menstruação
Menstruação é o fenómeno fisiológico do período fértil da mulher, que ocorre caso não se dê a fecundação do ovócito II, permitindo a eliminação periódica através da vagina da caduca do endométrio uterino (ou mucosa uterina). Neste processo dá-se o rompimento de alguns vasos sanguíneos o que leva a que ocorra também uma “pequena” hemorragia (fluxo sanguíneo). Portanto e ao contrário do que muitas vezes erradamente se diz, o resultado da menstruação não é a eliminação de sangue pela vagina, mas sim de uma combinação deste com restos do endométrio (que é o que se pretende eliminar para que ocorra a produção de um novo), o que origina o Fluxo Menstrual. Em caso de não existir nenhuma laqueação das trompas (ou qualquer outra obstrução das mesmas) é eliminado também no fluxo menstrual o ovócito II que não foi fecundado.
Em condições normais e não havendo nada que impeça os ciclos femininos, este fenómeno ocorre em média de 28 em 28 dias e tem uma duração de entre 3 a 5 dias.
A Manarca (primeira menstruação) geralmente acontece por volta dos doze anos de idade, mas pode variar entre os oito e dezasseis anos.
Durante a menstruação o corpo elimina na maioria sangue e partículas endométricas ,então deve-se utilizar pensos higiénicos ou tampões.
As dores menstruais podem não ter nenhuma causa aparente, sendo de longe as mais frequentes, designando-se dismenorreia primária, ou mais raramente, podem ser causadas por doenças ginecológicas, designando-se então dismenorreia secundária.
Algumas mulheres têm cãibras parecidas com cólicas no inicio do período menstrual. As dores podem ser acompanhadas por náuseas e vómitos.
Dores persistentes e continuas localizadas na parte inferior das costas e/ou na zona da virilha são muito comuns durante os dias que precedem o inicio do período menstrual.
Em ambos os casos, só deverão ser dados analgésicos fracos.
Menorragia
Menorragia é um período menstrual anormalmente carregado e prolongado em intervalos regulares. As causas podem ser devido a coagulação sanguínea anormal, interrupção da regulação das hormonas ou distúrbios do revestimento endometrial do útero. Dependendo da causa, pode ser associado com menstruações dolorosas (dismenorréia).
Amenorreia
Pode ser classificada em primária ou secundária. A Amenorreia primária é aquela que ocorre de forma esporádica, enquanto que a amenorreia secundária é a ausência de menstruação por um período maior do que 3 meses em mulheres que anteriormente já apresentaram ciclos menstruais normais.
As amenorreias, tanto primária quanto secundária, necessitam avaliação médica. O médico saberá o momento em que deve ser iniciada essa investigação.
Em pacientes que já apresentaram menstruações, muitas vezes não é necessário aguardar 3 meses para que se realize a investigação e o tratamento da amenorreia. A maioria das mulheres procura o seu médico quando a menstruação atrasa alguns poucos dias. A investigação do atraso menstrual e da amenorreia secundária é semelhante.
Em mulheres com vida sexual activa e em idade reprodutiva a causa mais comum de amenorreia (e de atraso menstrual) é a gravidez.
Podem acontecer devido a várias causas, como por exemplo a utilização de fármacos, gravidez, stress, tumores no sistema nervoso central. Também há a informação de que mulheres atletas tendem a ter amenorreia numa frequência maior do que mulheres que não praticam desportos.