quarta-feira, 2 de abril de 2008

Sistemas reprodutores

Sistema Reprodutor Feminino

O Sistema Reprodutor Feminino é formado pela vagina, útero e anexos. A vagina é o órgão feminino responsável pela cópula e prazer, possuindo parede elástica e lubrificada. Em sua porção mais interna o canal vaginal termina no útero, na parte que fica em íntimo contato com a vagina e é conhecida como colo do útero. Este colo uterino possui um pequeno orifício por onde os espermatozóides entram durante o ato sexual, atingindo o endométrio. O ciclo menstrual se inicia geralmente todo mês (a cada 28 dias) e dura de 3 a 8 dias. Aproximadamente no meio do ciclo o endométrio está preparado para receber o espermatozóide e aderir o embrião a sua parede. O útero é uma câmara muscular, muito distensível e vascularizada que apresenta em sua porção superior duas trompas que formam caminhos até os ovários. Os ovários são os órgãos responsáveis pela guarda e maturação dos óvulos, e também pela produção de hormônas responsáveis pela feminilização e preparo para a gravidez.

Constituição do sistema reprodutor feminino
O sistema reprodutor feminino é constituido por quatro gónodas - os óvarios - , pelas vias genitais - as tubas uterinas, o útero e a vagina - e pelo órgão sexual externo - a vulva.
Gónadas
Os ovários são dois orgãos cuja função é produzir os gâmetas femininos - ovócitos II - e os hormônios sexuais - estrogénos e progesterona. Têm forma e o tamanho de uma pequena amêndoa e estão situados no abdómen. Cada óvario está envolvido por uma parede e no seu interior distinguem-se a zona medular, mais interna e profundamente irrigada por muitos vasos sanguíneos, e a zona cortical, mais exterior e com diversos tipos de formações esféricas - os folículos. A partir da puberdade esta região apresenta grandes alterações: os vários folículos entram em diferentes fases de desenvolvimento, o que lhes confere diferentes aspectos, e surgem formações globosas amarelas - corpos amarelos, denominados corpo lúteo.
Vias genitais
São canais por onde os gâmetas se deslocam e que, caso exista fecundação, o ovo ou zigoto percorre até se implantar no útero. As trompas de Falópio têm cerca de 10 cm de comprimento e envolvem o ovário através de uma das extremidades, mais larga e com inúmeras franjas - o pavilhão da trompa.
A outra extremidade abre-se no útero. Este é um órgão musculoso coberto por uma mucosa - o endométrio. O útero comunica através de uma abertura estreita - colo do útero - com a vagina, uma conduta larga que comunica com o exterior.
Orgão sexual externo
A vulva é o orgão que permite: - o acto sexual; - em caso de gravidez, a saída do bebé durante o parto.
Gâmetas femininos
As células sexuais femininas são os ovócitos, que possuem uma forma esférica e são maiores que os espermatozóides, tendo cerca de 0,1 mm de diâmetro. As células dos folículos que os envolvem dão-lhe um aspecto radiado característico quando saem do óvario. Possuem informação das características da mãe, que transmitem para o novo ser.

Menstruação
A Menstruação é o fenómeno fisiológico do período fértil da mulher, que ocorre caso não se dê a fecundação do ovócito II, permitindo a eliminação periódica através da vagina da caduca do endométrio uterino (ou mucosa uterina). Neste processo dá-se o rompimento de alguns vasos sanguíneos o que leva a que ocorra também uma “pequena” hemorragia (fluxo sangüíneo). Portanto e ao contrário do que muitas vezes erradamente se diz, o resultado da menstruação não é a eliminação de sangue pela vagina, mas sim de uma combinação deste com restos do endométrio (que é o que se pretende eliminar para que ocorra a produção de um novo), o que origina o Fluxo Menstrual. Em caso de não existir nenhuma laqueação das trompas (ou qualquer outra obstrução das mesmas) é eliminado também no fluxo menstrual o ovócito II que não foi fecundado.
Em condições normais e não havendo nada que impeça os ciclos femininos, este fenómeno ocorre em média de 28 em 28 dias e tem uma duração de entre 3 a 5 dias.
A Menarca (primeira menstruação) geralmente acontece por volta dos doze anos de idade, mas pode variar entre os oito e dezesseis anos.
Ciclo Menstrual
O ciclo menstrual inicia-se no primeiro dia da menstruação, na sua primeira fase ocorre uma produção exclusiva de estrogênio pelo ovário e, logo após a ovulação, tem início a fase de produção de progesterona, conhecida também como fase lútea. Esta fase do ciclo é fixa e a ovulação ocorre cerca de 14 dias antes do início da próxima menstruação.
O tempo de sobrevida do óvulo dentro das trompas, após a ovulação, não é bem definido, mas parece estar entre 12 e 24 horas. Já os espermatozóides parecem ter uma sobrevida maior, variando de 24 até 96 horas. Por isso os dias férteis começam antes mesmo da ovulação.



Formação do bebé

Todo mês, no início de um ciclo menstrual normal, os ovários são estimulados, havendo crescimento folicular (estruturas funcionais encontradas no interior dos ovários), até que, normalmente, um folículo torna-se dominante em relação aos demais e rompe-se do corpo do ovário, liberando o oócito secundário (também chamado de óvulo). Este processo que é chamado de ovulação, e ocorre, em média, 14 dias antes da menstruação seguinte (considerando mulheres com ciclos regulares de 28 dias).
O óvulo é capturado pelas fímbrias (porção das Trompas de Falópio mais próximas aos ovários) indo para o interior da trompa, onde é transportado em direção ao útero através dos movimentos da trompa e de estruturas ciliares, estes movimentos das trompas são chamados de movimentos peristálticos.
fecundação (fertilização ou concepção) é definida como a fusão ou encontro dos gametas feminino (óvulo) e masculino (espermatozóide), com a constituição de uma nova célula, o ovo ou zigoto, que carrega características da mãe (ovúlo) e do pai (espermatozóide). A composição genética (características que fazem um indivíduo diferente de qualquer outro no mundo) é determinada no momento da fecundação. O período de crescimento e desenvolvimento do ser humano dentro do útero chama-se de gestação.
Quando a fecundação não ocorre, o óvulo (não fecundado), já no interior do útero, degenera e é fagocitado (absorvido).
Durante a relação sexual, no momento da ejaculação masculina, o sêmen que contém cerca de 200 a 600 milhões de espermatozóides é depositado no interior da vagina. Os espermatozóides penetram no útero através do colo uterino, passando pelo canal cervical, atravessando a cavidade uterina, chegando às trompas. Apenas um único espermatozóide penetra no óvulo que foi liberado pelo ovário.

O lugar usual da fecundação é dentro da trompa, na porção chamada de ampola.
O ovo (ou zigoto) divide-se rapidamente produzindo novas células, enquanto passa pela trompa em direção ao útero.
No final da primeira semana, está formada uma pequena massa de células que se adere superficialmente à parede do útero (implantação ou nidação).
O processo de nidação inicia-se no final da primeira semana e se completa ao término da segunda semana após a fecundação. Neste momento, dentro da massa de células (chamada de blastocisto) que está se formando, já se pode diferenciar um grupo de células que constituem o disco embrionário, onde está se formando o embrião. Embrião é uma palavra grega que significa inchar-se.

Nesta fase, já está se formando também a cavidade amniótica (que será a bolsa amniótica ou bolsa das águas) e a vesícula vitelina, responsável pela alimentação do embrião até que a placenta esteja pronta para assumir essa função.
A terceira semana após a fecundação é um período de rápido desenvolvimento, e coincide com a época em que a paciente nota o atraso menstrual (primeira semana de amenorréia – falta da menstruação). A parada do sangramento menstrual é o primeiro sinal da gestação, embora possam ocorrer neste período pequenos sangramentos decorrentes do processo de nidação (implantação). Durante a terceira semana há o desenvolvimento das estruturas que irão originar a placenta, e no final desta semana se forma o coração primitivo do embrião. No início da quarta semana todos os arranjos necessários para as trocas entrem a mãe e o feto já estão em andamento (a placenta será considerada definitivamente formada a partir do começo do 5º mês).
Entre a 4ª e a 8ª semanas após a concepção, são formados os principais órgãos e sistemas do embrião, e à medida que essas estruturas se desenvolvem elas afetam a imagem do embrião, que vai adquirindo figura humana.
A fase embrionária do desenvolvimento tem a duração aproximada da primeira semana após a fecundação até a oitava semana . A fase embrionária é uma fase crítica para o bebê, já que a maior parte dos sistemas internos e externos, órgãos e partes do corpo estão se formando. TUDO o que a mãe ingere passa para o bebê através da placenta. Álcool, drogas e tabaco são extremamente prejudiciais para o desenvolvimento do bebê.
Em torno da 8ª semana de vida do embrião, este passa a ser chamado de feto, que em latim significa "tenro". Tendo uma forma humana que pode ser reconhecida. Inicia-se, então, o período fetal.
Da 8ª a 12ª semana após a fecundação há uma diminuição relativa do crescimento da cabeça em relação ao corpo. A genitália externa ainda aparece pouco clara (indeterminada) até o final da 9ª semana e sua forma madura só se estabelece na 12ª semana após o dia da fecundação
O feto com 12 semanas é muito ativo, porém ainda muito pequeno para que a mãe sinta seus movimentos.
Entre 13 e 16 semanas o crescimento é muito rápido, especialmente do corpo.
Entre 16 e 20 semanas do desenvolvimento fetal a mãe começa a sentir os movimentos do seu bebê.
A partir de 21 semanas inicia-se a fase de crescimento e fortalecimento fetal.
Em torno de 22 semanas de vida fetal, embora todos os órgãos fetais estejam formados, o bebê é incapaz de sobrevivência extra-uterina, principalmente devido à imaturidade do sistema respiratório.
O tecido adiposo se desenvolve rapidamente nas 6 a 8 últimas semanas de gestação, fase em que o peso fetal e a barriga materna crescem mais notadamente.
As gestações são consideradas “a termo” quando o seu bebê já está pronto para o nascimento. As gestações a termo são aquelas compreendidas entre 37 semanas completas, contadas a partir da data da última menstruação da gestante, a menos de 42 semanas completas (259 a 293 dias completos) (OMS, FIGO, 1976).















SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
O sistema reprodutor masculino é formado por:
· Testículos ou gôndolas
· Vias espermáticas: epidídimo, canal deferente, uretra.
· Pênis
· Escroto
· Glândulas anexas: próstata, vesículas seminais, glândulas bulbouretrais.


Testículos: são as gônadas masculinas. Cada testículo é composto por um emaranhado de tubos, os ductos seminíferos Esses ductos são formados pelas células de Sértoli (ou de sustento) e pelo epitélio germinativo, onde ocorrerá a formação dos espermatozóides. Em meio aos ductos seminíferos, as células intersticiais ou de Leydig (nomenclatura antiga) produzem os hormônios sexuais masculinos, sobretudo a testosterona, responsáveis pelo desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos e dos caracteres sexuais secundários:
Estimulam os folículos pilosos para que façam crescer a barba masculina e o pêlo pubiano.
Estimulam o crescimento das glândulas sebáceas e a elaboração do sebo.
Produzem o aumento de massa muscular nas crianças durante a puberdade, pelo aumento do tamanho das fibras musculares.
Ampliam a laringe e tornam mais grave a voz.
Fazem com que o desenvolvimento da massa óssea seja maior, protegendo contra a osteoporose.
Epidídimos: são dois tubos enovelados que partem dos testículos, onde os espermatozóides são armazenados.
Canais deferentes: são dois tubos que partem dos testículos, circundam a bexiga urinária e unem-se ao ducto ejaculatório, onde desembocam as vesículas seminais.
Vesículas seminais: responsáveis pela produção de um líquido, que será liberado no ducto ejaculatório que, juntamente com o líquido prostático e espermatozóides, entrarão na composição do sêmen. O líquido das vesículas seminais age como fonte de energia para os espermatozóides e é constituído principalmente por frutose, apesar de conter fosfatos, nitrogênio não protéico, cloretos, colina (álcool de cadeia aberta considerado como integrante do complexo vitamínico B) e prostaglandinas (hormônios produzidos em numerosos tecidos do corpo. Algumas prostaglandinas atuam na contração da musculatura lisa do útero na dismenorréia – cólica menstrual, e no orgasmo; outras atuam promovendo vasodilatação em artérias do cérebro, o que talvez justifique as cefaléias – dores de cabeça – da enxaqueca. São formados a partir de ácidos graxos insaturados e podem ter a sua síntese interrompida por analgésicos e antiinflamatórios).
Próstata: glândula localizada abaixo da bexiga urinária. Secreta substâncias alcalinas que neutralizam a acidez da urina e ativa os espermatozóides.
Glândulas Bulbo Uretrais ou de Cowper: sua secreção transparente é lançada dentro da uretra para limpá-la e preparar a passagem dos espermatozóides. Também tem função na lubrificação do pênis durante o ato sexual.
Pênis: é considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino, sendo formado por dois tipos de tecidos cilíndricos: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso (envolve e protege a uretra). Na extremidade do pênis encontra-se a glande - cabeça do pênis, onde podemos visualizar a abertura da uretra. Com a manipulação da pele que a envolve - o prepúcio - acompanhado de estímulo erótico, ocorre a inundação dos corpos cavernosos e esponjoso, com sangue, tornando-se rijo, com considerável aumento do tamanho (ereção). O prepúcio deve ser puxado e higienizado a fim de se retirar dele o esmegma (uma secreção sebácea espessa e esbranquiçada, com forte odor, que consiste principalmente em células epiteliais descamadas que se acumulam debaixo do prepúcio). Quando a glande não consegue ser exposta devido ao estreitamento do prepúcio, diz-se que a pessoa tem fibrose.


.
A uretra é comumente um canal destinado para a urina, mas os músculos na entrada da bexiga se contraem durante a ereção para que nenhuma urina entre no sêmen e nenhum sêmen entre na bexiga. Todos os espermatozóides não ejaculados são reabsorvidos pelo corpo dentro de algum tempo.
Saco Escrotal ou Bolsa Escrotal ou Escroto: Um espermatozóide leva cerca de 70 dias para ser produzido. Eles não podem se desenvolver adequadamente na temperatura normal do corpo (36,5°C). Assim, os testículos se localizam na parte externa do corpo, dentro da bolsa escrotal, que tem a função de termorregulação (aproximam ou afastam os testículos do corpo), mantendo-os a uma temperatura geralmente em torno de 1 a 3 °C abaixo da corporal.




Os testículos, também chamados de gôndolas, são glândulas sexuais masculinas. Eles estão localizados atrás do punias em uma bolsa de pele chamada bolsa escrotal. Os testículos produzem espermatozóides e testosterona. Essas glândulas são localizadas fora do corpo por que para que os espermatozóides se desenvolvam, há necessidade que os testículos mantenham uma temperatura alguns graus abaixo da temperatura normal do corpo.
As células germinativas dentro dos túbulos seminíferos (células de Sertoli) produzem espermatozóides. Os espermatozóides atingem o epidídimo quando estão maduros. Eles são estocados lá por algumas semanas até que eventualmente movam-se para o ducto deferente para serem combinados com as secreções da próstata e vesículas seminais formando assim o sêmen ou esperma. O processo todo demora aproximadamente 7 semanas.
As células de Leydig distribuídas ao longo do testículo são a fonte principal de produção de testosterona do corpo. Testosterona, o hormônio sexual masculino, é essencial para o desenvolvimento dos órgãos reprodutivos e caracteres sexuais secundários como: pelos no corpo e face, voz grossa, musculatura mais desenvolvida. Sem a quantidade necessária de testosterona, o homem perde o vigor sexual, pode apresentar fraqueza, depressão, fogachos e osteoporose.
Quando falamos sobre câncer testicular, estamos normalmente falando sobre câncer das células germinativas. É possível ter tumores das células de Leydig ou das células de Sertoli, mas esses tumores são incomuns e usualmente não malignos. Também, já que o câncer testicular é associado com as células germinativas, nódulos ou massas na bolsa escrotal ou no epidídimo, mas não no testículo, não podem ser câncer do testículo!

Sem comentários: